Ela teve uma ideia!
Quando assistimos a uma entrevista ou
reportagem falando sobre o empreendedorismo feminino, alguma coisa nos afeta,
que chega a aquecer o nosso coração, não é mesmo?
Estou falando de nós mulheres! De
maneira nenhuma esse texto exaltará o feminismo ou as diferenças entre os
gêneros, pelo menos não é essa a minha intenção. Mas eu gostaria de dedicar
esse texto a todas as guerreiras que conheço e ainda vou conhecer.
Ao longo da minha trajetória conheci
diversas mulheres empreendedoras, com suas diferentes histórias, começos,
recomeços e tropeços. Aquelas que nasceram determinadas a criar e as que foram
forçadas pelas circunstâncias da vida.
Tenho um carinho especial por essas que nos
inspiram todos os dias e nos fazem enxergar os nossos problemas (que achamos
enormes) sob uma nova perspectiva.
Tem aquela que herdou um negócio da
família tradicional, e algumas vezes contrariando todas as expectativas toma a
frente da organização com suavidade e firmeza ao mesmo tempo, se é que isso é
possível. Essa mesma que é uma líder inspiradora e forte, que comanda os
negócios com sensibilidade e raciocínio prático. Cuida da família, dos filhos,
dos pais, da empresa com jogo de cintura e malandragem necessários.
Daí vamos ao meu exemplo preferido...
daquela que foi literalmente empurrada para o empreendedorismo como única
oportunidade de sobrevivência dela e da família. De quem teve que aprender a
administrar a casa, os poucos recursos, e a conquista de clientes que garantam
o pão.
Quando caminho pelo centro da cidade,
vejo muitas mulheres carregando suas crianças para as cuidadoras, escolas e
creches que possibilitam que ela tenha tempo para trabalhar. Mas o meu olhar
para em pequenas lanchonetes sobre rodas, as chamadas carrocinhas, que atrás ou
ao lado tem um carrinho ou um compartimento que guarda o bem mais precioso
dessas guerreiras do mundo real, seu bebê pequeno.
Criança essa que ainda não tem noção do
grande presente que recebeu ao ter a oportunidade de ser criado por tão
valorosa mãe, profissional e mulher. Aquela que não tem outra alternativa, a
não ser levar o filho, faça chuva ou faça sol, com ela, porque não tem com quem
deixar.
Uau! Se eu pudesse, daria um grande
abraço, demorado, em cada uma dessas mulheres, incluindo as que eu não tive o
prazer de conhecer. Quanta inspiração, quanto amor!
Talvez por uma característica cultural,
mas simplesmente não conseguimos ser mães e profissionais separadamente! A cada
dia vamos lutando e conquistando o nosso espaço e nossos direitos. Direito de
estudarmos, trabalharmos, formarmos família, cuidarmos dos nossos pais, dos
nossos avós, cuidar... essa é a palavra.
Quando uma mulher resolve empreender,
ela traz consigo uma série de “e se”. Nos colocamos em xeque o tempo todo. Nos
permitimos duvidar de nós mesmas e de aprender, com humildade e firmeza, com
todos a nossa volta.
Somos empáticas, sensíveis às
expectativas dos nossos clientes, lutamos contra uma visão emocional e a
aliamos a uma perspectiva racional. Acredito que essa mistura é o grande
segredo de tantas empreendedoras de sucesso. Nada de exagero com o lado
esquerdo do cérebro e nem o lado direito, os dois trabalham juntos.
Se tu conheces alguma empreendedora de
sucesso ou que está começando nesse mundo incerto, aproveite para admirar,
aprender e compartilhar boas histórias de luta, de pequenas vitórias e grandes
desafios.
Já conquistamos muitas coisas ao longo
da história e ainda estamos no começo da caminhada, onde todas as
empreendedoras mulheres poderão sonhar com a independência financeira, porque
independência de pensamento nós temos de sobra e se ainda não percebemos isso,
nem começamos a trilhar o caminho que nos aguarda.
Cabeça e coração trabalhando juntos é
igual a mulher empreendedora!
Qual é o seu maior desafio empreendedora?